sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

"Queimada Viva"

Quando o amor antes do casamento é sinónimo de morte.

Resumo:

Souad tinha dezassete anos e apaixonou-se. Na sua aldeia da Cisjordânia, como em tantas outras, o amor antes do casamento era sinónimo de morte. Ficou grávida e o cunhado encarregou-se, a mando dos pais dela, de executar a sentença: regá-la com gasolina e chegar-lhe fogo. Ela foi terrivelmente queimada mas, por sorte, conseguiu sobreviver. No hospital para onde foi levada recusaram-se a tratá-la como devia ser feito, por causa da tal desonra que ela tinha cometido, e a própria mãe tentou assassiná-la dando-lhe água com veneno. Durante a sua estadia no hospital, onde nasceu o filho, foi visitada por Jaqueline, que pertencia a uma fundação suíça intitulada "A Surgir", que apoia mulheres maltratadas em qualquer parte do mundo, que salvou-a tirando-a daquele país. Jaqueline traz Souad para a Europa, onde é tratada das suas graves queimaduras. Depois de vários tratamentos e operações, Souad sobrevive e constitui uma família. Contudo, esta passagem horrível da sua vida continua a atormentá-la e as queimaduras do seu corpo são um enorme complexo para ela.

Souad transcreveu a sua vida neste livro, com o intuito de dar a conhecer as barbaridades desta prática. No livro não são identificados nem nomes nem a aldeia em que vivia para tentar peservá-la, pois como o "atentado" à honra da sua família é um crime que ainda não se prescreveu, ela corre sérios perigos de vida.

Um testemunho comovente e aterrador, mas também um apelo contra o silêncio que cobre o sofrimento e a morte de milhares de mulheres.

Algumas passagens:

"Sou uma rapariga, e uma rapariga... não deve erguer o olhar nem desviá-lo para a direita ou para a esquerda enquanto caminha, porque se os seus olhos se cruzam com os de um homem, toda a aldeia lhe chamará charmuta."

"Uma rapariga tem de estar casada para olhar em frente"

"...na minha aldeia nascer rapariga é uma maldição..."

"Um dia sem pancada não era normal."

"a nossa vida quotidiana era uma morte possível, dia após dia..."

"A minha memória desfez-se em fumo no dia em que o fogo se abateu sobre mim"

3 comentários:

  1. Já ouvi falar deste livro e o feedback que eu recebi é que realmente vale apena lê-lo. Apesar de ser muito triste, ele retrata a violência que uma jovem sofre por causa do amor!
    Toda gente deveria ler este livro aconselhado pelo GRUPO F!

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  2. Querida Sarah,
    Aconselhamos vivamente a leitura deste livro a quem gostou do resumo que nós postamos aqui. Apesar de ser uma história trágica, é bonita e retrata muito bem a realidade de muitas mulheres em alguns países árabes.
    Nós já tivemos a ocasião de lê-lo a gostamos bastante, por isso mais uma vez recomendámos-lo a todos os interessados.

    Obrigado pelo teu comentário.
    Volta a comentar quando quiseres.

    Grupo F
    12ºL

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  3. Eu li o livro e adorei, é extraordinario...
    Incrivel como num só mundo existem várias culturas...
    Horrivel o que muitas pessoas passam...

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